Alopecia, a perda de cabelo além do comum
Um dos principais pontos que influencia na vaidade e aumento da autoestima, tanto em homens quanto em mulheres, são os cabelos. A preocupação constante com sua aparência, seu corte, sua cor e seu penteado, tem um papel importante na construção e manutenção da imagem das pessoas. Entretanto, nem todas as pessoas possuem a quantidade de fios de cabelo que consideram adequada.
Uma pessoa perde, normalmente, de 50 a 100 fios de cabelo todos os dias. Essa perda é normal, é um processo de renovação contínua de nosso cabelo. Pode parecer bastante, mas com esta perda diária, não corremos o risco de desenvolver a calvice.
O ciclo de vida de nosso cabelo é dividido em 3 fases: anágena, catágena e telógena (crescimento, repouso e queda). Aproximadamente 90% de nossos fios de cabelo estão na fase de crescimento, etapa mais longa do processo. Depois de um curto período na fase de repouso, o fio cai e, um novo fio entra na fase de crescimento em seu lugar.
Quando a perda é maior que a normal e começam a cair fios de cabelo que se encontram na fase de crescimento e não acontece a reposição de um novo fio, estamos enfrentando uma alopecia androgenética.
A alopecia androgenética, mais conhecida como calvície, afeta muito mais homens que mulheres e está diretamente relacionada a causas hereditárias e a presença de hormônios sexuais masculinos, em especial a testosterona. Em ambos os casos, acontece a atrofia dos folículos capilares, o que acelera a queda definitiva dos fios. Apesar das mulheres também produzirem testosterona, o fazem em uma quantidade muito pequena, sendo assim, os casos de calvície são muito mais raros e quando acontecem, a perda de cabelo não é tão acentuada.
Existem outras causas conhecidas que provocam a queda acentuada de cabelo, como aplicação exagerada de produtos químicos, excesso de oleosidade (típico da dermatite seborreica), estresse, má alimentação, falta de vitaminas, uso de certos medicamentos e até mesmo distúrbios da tireóide. Nesses casos, quando solucionamos a causa, o cabelo volta a crescer normalmente. Também é comum, após cirurgias e partos, que a perda de cabelo seja mais intensa; nesses casos ela é passageira.
Nos homens
Quando os sintomas começam a aparecer entre os 17 e 23 anos, normalmente, a queda de cabelo é contínua e gradativa, os cabelos não caem de uma única vez. Antes da calvície tomar conta de toda a parte superior da cabeça, restando fios somente na lateral e na parte de trás, ela começa com falhas perto da testa e um círculo sem cabelos no topo da cabeça. O motivo mais comum de queda nessa faixa etária é a herança genética (herdado de pai e/ou mãe).
Quando os sintomas começam mais tarde, depois dos 25 anos, a queda é mais lenta e a resposta aos tratamentos é mais efetiva. Nessa faixa etária, a principal causa da perda dos fios é a queda na taxa de testosterona. Claro, que quando acompanhada de herança genética, o processo é mais rápido e acentuado.
Após os 50 anos, todos os homens de uma família com predisposição genética, apresentam, em maior ou menor grau, sinais de perda anormal de cabelos.
Nas mulheres
Os casos de alopecia feminina vem aumentando, consideravelmente, nos últimos anos. O cotidiano das mulheres, hoje mais cheias de ansiedade e estresse, o uso abusivo de produtos químicos para tintura, alisamentos e permanentes e a falta de vitaminas causadas pelas dietas muito restritivas, têm acelerado e acentuado a perda de cabelo.
Após a menopausa, com a queda da proteção dos hormônios femininos (como a queda no nível de estrogênio), também pode provocar nas mulheres, com predisposição genética, uma queda de cabelo anormal.
Diferente do que acontece com os homens, nas mulheres os cabelos da frente normalmente permanecem. Nelas, os fios ficam mais ralos e finos, principalmente no topo da cabeça, deixando em alguns casos o couro cabeludo visível nessa região mais acometida.